Não resta muito daquele dia. Apenas a sensação de que foi muito longo, mais do que deveria ter sido. O início e o final estão meio difusos, prolongando-se continuamente numa linha de tempo e assemelhando-se a vários e vários dias, mas as mesmas imagens teimam em apresentar-se repetidamente, como se tentassem ajudar a encontrar algum significado para tudo aquilo: um telefone a tocar, uns sapatitos vermelhos, uns versos cantados, xixi na casa-de-banho de estranhos, umas dentaditas no pescoço, conversas sem significado, conversas com muito significado, malas feitas e malas desfeitas. O problema é que permanecem desorganizadas, ou talvez estejam organizadas e eu não o consiga perceber. Se, desta vez, dormisse mais do que cinco horitas, talvez conseguisse perceber e delimitar aquele dia. Hoje tentarei.
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4 comentários:
Nhec, o pavor das casas de banho...
Quem é que tem pavor das casas de banho? Eu não tenho.
Eu, eu tenho! grrrr
Porquê? Que te fazem elas?
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