sábado, 30 de maio de 2009

39.

Não resta muito daquele dia. Apenas a sensação de que foi muito longo, mais do que deveria ter sido. O início e o final estão meio difusos, prolongando-se continuamente numa linha de tempo e assemelhando-se a vários e vários dias, mas as mesmas imagens teimam em apresentar-se repetidamente, como se tentassem ajudar a encontrar algum significado para tudo aquilo: um telefone a tocar, uns sapatitos vermelhos, uns versos cantados, xixi na casa-de-banho de estranhos, umas dentaditas no pescoço, conversas sem significado, conversas com muito significado, malas feitas e malas desfeitas. O problema é que permanecem desorganizadas, ou talvez estejam organizadas e eu não o consiga perceber. Se, desta vez, dormisse mais do que cinco horitas, talvez conseguisse perceber e delimitar aquele dia. Hoje tentarei.

4 comentários:

Skinny Clown disse...

Nhec, o pavor das casas de banho...

The Skeleton Man disse...

Quem é que tem pavor das casas de banho? Eu não tenho.

Skinny Clown disse...

Eu, eu tenho! grrrr

The Skeleton Man disse...

Porquê? Que te fazem elas?