- Já te contei sobre a minha praxe? Não? Foi tão fixe! Fizeram-nos andar a rastejar pelo chão, lamber os passeios e fazer coisas marotas com os sinais de trânsito. Até houve um tipo que passou por mim de carro e apitou. Deve ter achado que eu estava a fazer bem a coisa. Depois fomos para o rally das tascas. Apanhei uma de caixão à cova. Às tantas já não via ninguém, mas falava com toda a gente. Depois comecei a sentir-me mal disposta, fui para a casa-de-banho, vomitei e os doutores obrigaram-me a lamber o vomitado do chão. Depois abusaram de mim e eu ainda pedi mais. Foi super! Devias ter lá estado. E já comprei o meu traje para amanhã. Estou tão ansiosa, mas não preciso de me preocupar, porque aquilo é tudo gente super espectacular. Vai ser só party!
- Que bom.
- Que bom.
- E a tua, como é que foi?
- A minha quê?
- A tua praxe, é claro!
- Não sei. Não fui.
- Não foste?
- Não.
- Porquê? És anti-praxe?
- Não, só não me apeteceu.
- Estou a ver. És um maricas, é o que é!
- É isso mesmo.
- Mas vais trajar, certo?
- Não.
- Porquê?
- Porque não vejo o objectivo de tudo isso.
- Não vês?
- Não. Qual é?
- Bem... er... é fixe e divertido. Bebes muito, divertes-te. Para além disso é... hum... fixe.
- Pela tua descrição parece ser muito louco, mas mantenho a minha opinião.
- Então não vais trajar, é isso?
- Basicamente, sim.
- Bem, então vou ter de apagar o teu número de telemóvel e vou ter de te apagar do MSN. Não me posso dar com pessoas que não foram praxadas nem querem trajar. E tenho de me ir embora, não posso ser vista contigo ou começarão a dizer que também não aprovo os costumes universitários.
- Ok, até um dia.
- Não me parece.
12 comentários:
Olha que lindo, eu sou essa pessoa que não percebe essa maluqueira toda.
Já somos dois.
Terês. Está?
Está sim.
Brigadas.
De nadas.
não visto um traje que simboliza coisas em que não acredito. quem o exibe acha sempre mal que eu não o faça, mas já nem me dou ao trabalho de explicar os meus motivos. um dos meus professores é contra (quase alérgico!), e expulsaria da sala quem se apresentasse com a dita roupa, se fosse permitido. não sou radical nem contra, para mim não tem significado, só isso.
tenho estado muito ocupada; apesar das breves visitas não tenho podido comentar. espero nos próximos tempos estar mais liberta e dar a atenção que os teus posts merecem
O maior problema parece ser o facto de aqueles que trajam não conseguirem aceitar o facto de nós não querermos trajar. Nós aceitamos a sua maneira de pensar, porque não hão-de eles aceitar a nossa?
Se eu fosse um estudante decente, também andaria ocupado, mas como não sou, escrevo posts. Muito bem, ficarei à espera dos teus comentários que, de resto, são sempre muito lisonjeiros.
Não sei se me ria, se te pergunte se isto tem alguma vercidade (ter tem, mas terá acontecido algo assimc ontigo?), se veio tudo da tua cabeça...então faço tudo...
Meu menino e sua mente brilhante...
É uma mistura de tudo isso. O objectivo era ter uma realidade muito exagerada, para coiso e tal, percebes? Não sei como explicar, mas tu chegas lá, não é? Bem me parecia
É claro... eu não sou contra o traje nem quero orbrigar ninguém a vesti-lo... mas confesso que gosto de simbolismos, se é esse o que mostra que sou mais uma desgraçada quem entrou p'ra bela da universidade sem saber bem como, então 'bora lá... ou então não...
Pois, talvez não. Eu também não tenho nada contra, só não vejo o objectivo. Mas acho que se são felizes assim, que o continuem a fazer. Tudo pela felicidade!
Enviar um comentário