quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

103.

A minha mesinha-de-cabeceira, à semelhança da minha vida, é um depósito de coisas pendentes e fugidias, que tão depressa podem estar lá como nunca mais lá voltar. Entre outras, são estas as coisas que a povoam: o passe de metro, The Waves (a terminar), dois papillons, lenços novos e usados, o carregador do telemóvel, A Morte em Veneza (a terminar), uns óculos de sol, o horário dos autocarros, dinheiro, uma carteira sem dinheiro, The City And The Pillar (a terminar), uma boina, pincéis, Maria Antonieta (a terminar), bilhetes de teatro e as chaves de casa. Parece-me que a minha vida não podia andar mais desorganizada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito. :)
A tua mesinha-de-cabeceira faz-me lembrar as minhas pilhas de livros e cadernos (essencialmente trabalho) que se vão acumulando com tudo o que fica por fazer.